quarta-feira, 21 de maio de 2008

Licutan: um importante líder malê

Em 1835, Licutan, assim como vários outros alufás, ainda era escravo. Seu dono, o médico Antônio Pinto de Mesquita Varella, era um homem muito cruel, que devia uma elevada soma de dinheiro aos frades carmelitas.
Uma revolta de escravos africanos ocorreu em Salvador, na madrugada de 25 de janeiro de 1835. O movimento envolveu cerca de 600 homens. Tratava-se, em sua imensa maioria, de negros muçulmanos, em especial da etnia nagô, de língua iorubá. Vem daí o nome que a rebelião recebeu: Revolta dos Malês. A expressão "malê" provém de "imalê", que no idioma iorubá significa muçulmano.O primeiro alvo dos rebeldes - inicialmente um grupo de 60 homens - foi a Câmara Municipal de Salvador, em cujo subsolo localizava-se uma prisão onde estava preso o velho Pacífico Licutan, um dos mais populares líderes malês. Entretanto, o ataque à prisão não obteve sucesso, devido à reação conjunta dos carcereiros e da guarda do palácio do governo, situada na mesma praça (a atual praça Tomé de Sousa).

Um comentário:

Claudia Martins disse...

Está excelente!
Estou trabalhando Cultura Afro-Brasileira e Africana, a Revolta dos Malês, os Reinos da África... com meus alunos da 7ª série.
Recomendei o presente blog.
Parabéns!